Outro dia vi uma estatística na TV que me deixou estarrecida: 75% das mulheres que são ameaçadas por ex-maridos, companheiros e namorados são realmente mortas por eles.
Não se contentam eles em apenas espancá-las, e abusar delas física, emocional, moral e psicologicamente, quando se cansam de tanta violência e as juram de morte estão falando a verdade, pretendem de fato exterminá-las.
A Justiça diz que quase nada pode fazer nesses casos, além do boletim de ocorrência e de entrar com uma ação contra o agressor, porém nada disso impede que 75 entre 100 cumpram a ameaça. E muitos permanecem impunes mesmo depois disso.
É irônico que o Brasil, com tantas delegacias da mulher e com tanta propaganda sobre o assunto possa fazer tão pouco para proteger as mulheres dos infames que se julgam com poder de vida e morte sobre elas – e infelizmente esse poder é real.
Se alguém mata a mãe é matricídio e é um crime com uma pena maior do que se fosse um homicídio qualquer. Matar a companheira, a mãe de seus filhos, devia também ser considerado um crime maior, crime hediondo e com motivo fútil, sem atenuantes, para que o criminoso apodrecesse 30 anos na cadeia.
Se matamos uma capivara é crime inafiançável porque a espécie é protegida por estar em extinção, mas quem vai proteger as mulheres?
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